sábado, julho 29, 2006

E SE UM ANJO TE FALASSE DE DIGNIDADE?




Era uma vez a dignidade de ser igual a si próprio e honrar o coração...


Não é tarefa fácil! Mas merece a pena. Sem dúvida que sim...

A minha vida está cheia de histórias próprias e alheias que exemplificam o que entendo por viver com dignidade. Não prostituir o coração ou a vida pelo dinheiro, uma companhia que disfarce a solidão, um trabalho que menospreze a inteligência.


A vida vale mais do que tudo. Não há dinheiro nem fama nem poder que se possa equiparar à dignidade da alma.


Dignidade e orgulho não são a mesma coisa. O orgulho alimenta-se do medo, a dignidade alimenta-se do amor, que se sustenta do respeito para consigo próprio.


Quando alguém tem por si amor verdadeiro, respeita-se e sente-se digno: sente lá no fundo do seu ser que não existe qualquer razão pela qual deva 'baixar a cabeça' diante de ninguém e permitir, seja a quem for, que se erija um verdugo da sua vida, com maus tratos físicos e/ou psicológicos.


A dignidade não deixa espaço à mendicidade. Ninguém que se respeite a si mesmo mendiga seja o que for, pois sabe que já tudo existe na sua alma.


Dignidade para se retirar a tempo, antes que nos deixem o coração gravemente ferido.


Dignidade para viver a nossa vida sendo as rainhas ou os reis do nosso reino vital.


Sejas homem ou mulher, lembra-te de que se está melhor acompanhado pela própria dignidade do que forçado/a a uma relação que a alma não escolheu e com a qual não mantém qualquer conexão.


Cultiva a dignidade.


Dignidade para dirigir os nossos destinos no humano e no divino, pelas águas criativas do Rio da Vida, às vezes tranquilas, às vezes revoltas e imprevisíveis na sua agitação.


Dignidade para saber calar a tempo.


Dignidade para saber falar usando as palavras apropriadas.


Dignidade para saber estar a sós, na companhia da solidão da alma, e não mendigar companhia ingrata que envenena o coração.


Dignidade para saber amar quem merece o presente do nosso amor.


Dignidade para assumir o compromisso da intimidade.


Dignidade para nos irmos embora da vida de quem não nos ama nem nunca nos amará.


Dignidade para nos atrevermos a levantar e a recomeçar quantas vezes forem necessárias.


Dignidade para compreender que é tempo de introspecção e de estender a mão à procura de uma mão amiga que nos ajude.


Dignidade para suportar as feridas de «guerra», as feridas da alma.


Dignidade para aceitar somente quem nos ame com dignidade.



Ni*...


...hoje sem sorriso, mas com dignidade.